quinta-feira, 9 de setembro de 2004

Espera

O que você está esperando?

Sempre que fico um tempo sozinha começo a pensar demais. Ultimamente desesperada para colocar esses sentimentos para fora. Vez em quando vêm à tona pensamento mui antigos, perturbadores e desconexos, que só servem como garantia de que ainda há memória.

E por muito tempo me preocupei com o que estavam pensando a meu respeito. Queria ser ouvida. Vista. Mas já não há necessidade de compreensão, não quero ser entendida. Prefiro essa incognita. Essas pessoas que me olham sempre sem saber o que esperar. Todas as reações são uma surpresa. Eu escolho essa vida surpreendente. Imprevisível.

O prazer do desconhecido...

E ainda que as pessoas esperem algo de mim, não dou mais do que aquilo que quero em troca: nada. Não espero nada da platéia. E quanto menos quero, mais se esforçam para parecer algo que não são. Querem parecer inteligentes, que o espetáculo seja interessante. E não penso nas pessoas com a mesma paixão de antes.
São hipócritas que vivem no seu mundo de ilusão.

Devo apagar velhos sentimentos antes de dormir. Não são bem-vindos no meu sono.

Nenhum comentário: