quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Amar é outra coisa

Hoje eu falo de amor como quem sabe o que está dizendo. Posso julgar entender esse sentimento tão...?

Essa noite sonhei com Fernando Pessoa. É a segunda vez que acontece e parece que nos conhecemos. Eu, pelo menos, penso conhecê-lo.

No primeiro sonho Ricardo Reis vinha falar comigo, com terno e cartola, como se tivesse realmente forma. E desde quando Ricardo Reis tem forma alguma?!

Hoje foi a vez do Guardador de Rebanhos. E não é que esse é meu livro favorito dele?

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(...)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora.
Antigamente tudo necessitava de uma razão, mesmo as árvores, os montes, o Sol, o luar e todas as coisas que se explicam por si só...

Assim é o Amor, não precisa explicação. Amor simplesmente é, como quem vê e entende e sente e vive e respira...

Amor é uma coisa, amar é outra coisa.

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