terça-feira, 24 de maio de 2005

O menino que pensava que era grande

Era uma vez um menino que pensava que era gente grande. Ou era um adulto com mente de menino? Enfim, o menino queria ser feliz para sempre e me seguia onde quer que eu fosse. Por que aos seus olhos eu sempre estava sorrindo, e isso me caracteriza como feliz...

feliz
do Lat. felice

ditoso, afortunado;
satisfeito, alegre;
abençoado, bendito;
bem imaginado;
bem combinado, acertado;
bem sucedido;
próspero, que tem muita sorte.

O menino fazia parte dos meus problemas, tinha que estar sempre preocupada com ele. E me fazia mal ver que ele não se movia com a própria vontade, era dependente de três ou quatro pessoas. Resolvi me excluir daquilo tudo, e quando ele me procurou novamente, eu tinha ido...

E é para ele que eu escrevo agora...

Pensei em lhe dizer adeus mas as palavras não vieram... então tive que partir sem aviso, sem vestígio. Sei que até hoje você me procura, enquanto eu escorro por entre seus dedos. As vezes estou tão perto que posso ouvir sua respiração, e ainda assim você não me encontra. Não estou me escondendo, ao contrário do que você pensa, apenas me tornei invisível, uma estranha para seus olhos.

Neste momento sinto sua falta, como era de se esperar, e me preparo para me afastar mais ainda. Por que você me deixa falar muito tempo, e eu acabo dizendo besteiras, e deixa eu ser eu mesma toda hora. Veja só já estou falando demais novamente, quando na verdade eu só queria dizer Feliz Aniversário, e me desculpar por ter desaparecido. E dizer que não sou sua salvação, não quero sequer que você me siga, então vou continuar longe por enquanto.

Não precisa me esperar...

sexta-feira, 20 de maio de 2005

Uma alma livre

Ignorem este post, totalmente sem propósito....

Uma alma livre só nasce onde existe espaço. Porque se eu nascesse em outro lugar, talvez estivesse condenada a vestir preto para sempre, com o rosto encoberto e com medo do mundo. Em outra ocasião, talvez eu devesse usar saias e prender os cabelos, e rezar aos domingos e me confessar.

Um pouco antes e eu teria que acreditar que a Terra é o centro do universo. E eu não acredito nem mesmo em muitas coisas que eu penso... Gosto de acreditar nas pessoas e nas coisas por algum tempo, mas não em tudo e nem em todos eles.

Penso ser livre por falta de opção. Não me vejo uma fanática, seja religiosa, seja por ídolos musicais ou políticos, seja por uma simpatia. A culpa toda é de minha mãe, que sempre me incentivou a liberdade, a verdade e a acreditar. Caso contrário, deveria pedir perdão até mesmo por este brinco de "coelhinha da playboy" que estou usando...

E enquanto muitas pessoas não acreditam em nada, eu acredito em muita coisa. Eu sou uma alma que nunca se confessou.

Não sinto falta disso e, novamente, não me arrependo, especialmente daquilo que me faz feliz. E oras, como posso perdão divino para outro ser humano?

Acho interessante as muitas religiões das pessoas...
E só para Zaratustra ficar sabendo, todos os meus deuses sabem dançar...

terça-feira, 10 de maio de 2005

Arrependimento

O post de hoje é mais um comentário do que uma história...

Uma pessoa se aproximou de mim recentemente, uma nova amiga, que se casou há um ano. Não participei desse processo, só o que sei é que ela vive brigando com ele. E ele parece bom, às vezes os vejo juntos.

arrependimento

s. m.,
acção de arrepender-se;
contrição, pesar, remorso.


Ele parece bom, mas ela diz que não queria ter casado. Casou para sair da casa da mãe, que brigava sempre com ela.

O arrependimento não deve ser maior que o sacrifício. Por que se for desse jeito, não valeu a pena. É um tanto óbvio, mas na prática quase ninguém dá importância para isso.

O que pensar de uma situação dessas? Felizmente ela nunca me pediu conselho a respeito, e nem pretendo dar. Só espero que tenha valido a pena...

Eu me incomodo com muitas coisas, mas arrependimento não há...