Se eu pudesse alcançar as estrelas, traria algumas para você...
Essa é apenas mais uma história de amor.
Ela tinha nome de flor e ele tinha nome de anjo. A combinação perfeita. Ninguém diria que algo daria errado entre eles, jamais. E eles viviam felizes para sempre, quando ela se deu conta de que queria mais. Eles se davam bem mesmo assim.
A flor precisava de e s p a ç o, então o anjo abriu suas asas e voou. Passou a visitá-la quando estava chovendo. Ele sabia que ela gostava da chuva. O que a chuva tem que acalma a gente?
Mas se eu pudesse pegar a chuva, a deixaria livre mesmo assim...
O anjo desistiu da busca quando compreendeu que não podia esperar pela chuva para estar com sua flor - não podia pegar a chuva para ela.
A simples história de amor se torna linda - e imortal - no momento em que o anjo deixa a flor seguir seu caminho.
E o anjo nunca deixou de amar a flor - que nunca foi sua na verdade...
terça-feira, 14 de dezembro de 2004
quinta-feira, 9 de dezembro de 2004
Cinza
Capricorniana em inferno astral é o seguinte...
Só por hoje cinza é minha cor favorita...
- E a senhorita, deseja algo para beber?
Coitado do garçom, ficou esperando resposta, e eu nem havia dado conta de que ele estava ali. Apenas olhava para todas as coisas à volta, indiferente ao meu acompanhante irritado, sentado na minha frente.
- Querida, peça algo! O homem quer levar os pedidos!
Ele falava com sua característica voz contida, de quem tem raiva, mas tem também educação demais para falar alto. Nunca cheguei a me irritar por ele ter medo de ser ridículo de vez em quando. Quer dizer, todos precisam de um pouco de personalidade, certo?
- Tudo bem, senhor. Se a senhora não escolheu ainda, posso voltar em alguns minutos...
- Não precisa, ela vai beber uma Vodka com limão e gelo, por favor.
Apesar de estar ainda alheia ao diálogo que aconteceu ao meu redor, não pude ignorar o copo de vodka que o garçom pousou à minha frente. Cheira álcool puro, pensei.
Só mesmo aquele cheiro de álcool para me arrancar das paredes cinzentas daquele lugar. E mesmo meu amante parecia não ter notado meu fascínio pelo cinza. Aliás, até hoje ele não entende meu fascínio por todas as coisas.
E enquanto ele se escondia atrás do receio, eu flutuava. Vivia mais. E isso ele nunca pôde aceitar. Este também acabou partindo. E eu não precisei beber uma gota de vodka...
Só por hoje cinza é minha cor favorita...
- E a senhorita, deseja algo para beber?
Coitado do garçom, ficou esperando resposta, e eu nem havia dado conta de que ele estava ali. Apenas olhava para todas as coisas à volta, indiferente ao meu acompanhante irritado, sentado na minha frente.
- Querida, peça algo! O homem quer levar os pedidos!
Ele falava com sua característica voz contida, de quem tem raiva, mas tem também educação demais para falar alto. Nunca cheguei a me irritar por ele ter medo de ser ridículo de vez em quando. Quer dizer, todos precisam de um pouco de personalidade, certo?
- Tudo bem, senhor. Se a senhora não escolheu ainda, posso voltar em alguns minutos...
- Não precisa, ela vai beber uma Vodka com limão e gelo, por favor.
Apesar de estar ainda alheia ao diálogo que aconteceu ao meu redor, não pude ignorar o copo de vodka que o garçom pousou à minha frente. Cheira álcool puro, pensei.
Só mesmo aquele cheiro de álcool para me arrancar das paredes cinzentas daquele lugar. E mesmo meu amante parecia não ter notado meu fascínio pelo cinza. Aliás, até hoje ele não entende meu fascínio por todas as coisas.
E enquanto ele se escondia atrás do receio, eu flutuava. Vivia mais. E isso ele nunca pôde aceitar. Este também acabou partindo. E eu não precisei beber uma gota de vodka...
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